Pedro Bial conta parte de sua vida para Bárbara Paz no programa “A Arte do Encontro”, que vai ao ar no Canal Brasil nesta quarta-feira (8). O apresentador do “Conversa com Bial” comenta sua opinião sobre a morte, fé e revela uma passagem curiosa da infância, quando estudava com Cazuza.
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“O meu grande amigo de infância foi o precocemente falecido Cazuza, um grande poeta. A gente foi criado junto, estudamos dos 4 anos de idade até 20 e poucos. A gente estudava junto quando pediram que a gente fizesse uma entrevista com alguém importante. Não se falava de celebridade naquela época. O João Araújo, pai do Cazuza, conseguiu que o Vinicius (de Moraes) nos recebesse”, recorda Pedro Bial.
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“Com 11 anos a gente conhecia versos de cor do Vinícius. Ele recebeu a gente dentro da banheira, bebendo uísque. Aquele Vinícius arquetípico, viu que a gente conhecia coisas dele, ele não tinha saco pra criança, mas gostou da gente. E passamos o dia lá, de 10h, 11h da manhã até de noite. E ele deu uísque pra gente, tomamos um porre”, revela.
O apresentador do “Conversa com Bial” fala também de fé. “Eu não acredito em porra nenhuma, aí não posso dizer que tenho fé. E isso é mal de profissão. Eu não conheço nenhum jornalista que acredita em alguma coisa, pelo menos nenhum bom jornalista, e eu me considero um jornalista razoável. Então eu não posso dizer que tenho fé em nada. Sou besta diante do fato de estar vivo, sentir dor, sentir prazer, e isso gera um sentimento de gratidão”.
Pedro Bial comenta ainda sua relação com a morte. “Eu fui apresentado a ela quando meu pai morreu. Eu era muito moleque, me senti muito traído, abandonado, enganado. Mais recente, tive uma coisa no coração, fiz uma cirurgia, e essa dama indesejada da gente apareceu na minha frente”.
(Imagem: Ramón Vasconcelos/Globo)
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